Acervo Vladimir Herzog
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    Letter ou lettre, a mesma palavra, em inglês e em francês, denota tanto carta quanto letra. Ambas, letra e carta, se marcam por uma face pessoal, subjetiva, expressa por meio da caligrafia e do estilo, e por uma face social, própria da convenção linguística e epistolar e do intuito de comunicação.

    Indissociáveis as faces pessoal e social, o modo como cada trajetória individual está atravessada pela história se evidencia dolorosamente na carta necessária do pai, Zigmund Herzog, ao filho Vlado: escrita em 1968, trata-se de um relato da desgraça vivida por eles e sua família na Segunda Guerra Mundial. Como fugir de um dia para o outro, carregando uma criança de quase quatro anos, em busca de sobreviver, depois de ver a casa vizinha, na Iugoslávia, bombardeada pelos nazistas? Como suportar a morte de entes queridos, o pavor, o defrontar-se, junto ao filho, com o ódio racial, a maldade, a injustiça, até que venham a liberdade na Itália e, enfim, a emigração para o Brasil?

    Publicada no livro Vlado Herzog: o que faltava contar (1986), de Trudi Landau, e aqui disponível aos leitores, a carta do pai é um registro imperativo: tem o propósito ético de levar o filho a melhor conhecer e compreender a própria trajetória e, assim, alerta-nos a todos, herdeiros dos sofrimentos e das frestas da história, para os impasses e possibilidades entre civilização e barbárie.  

    Motivação da carta de Zigmund Herzog, o valor atribuído ao conhecimento e à compreensão das pessoas e da história é marca da personalidade de Vlado, sobressaindo de suas cartas um inequívoco sentido de hospitalidade intelectual e afetiva. Essa característica fica evidente na temporada londrina: empregado na BBC e instalado na capital inglesa, Vlado reiteradamente escreve seu endereço e telefone nas cartas, franqueando a casa para receber amigos e oferecendo-lhes ajuda para conseguirem livros e possibilidades de estudo, trabalho, passeios e publicações, sempre disposto a ampliar os contatos e o horizonte intelectual, próprios e das outras pessoas.

    De um total de 64 documentos da correspondência de Vlado Herzog até então reunidos por este Projeto, 57 são da correspondência ativa, dos quais 41 foram enviados de Londres. Seu principal interlocutor foi Tamás Szmrecsányi, tendo recebido pelo menos 21 cartas que foram doadas por sua família ao Instituto Vladimir Herzog. Tamás teve trajetória semelhante à de Vlado: húngaro, veio ao Brasil com os pais depois da Segunda Guerra Mundial, formou-se em Filosofia pela Universidade de São Paulo e, grande intelectual, foi professor da USP, editor de revistas e economista.

    A hospitalidade afetiva e intelectual de Herzog se expressa singularmente na materialidade de algumas de suas palavras nas cartas, sinais também de sua criatividade e bom humor. Acompanhando o nascimento dos filhos de Tamás e de Maria Irene de Queiroz Ferreira Szmrecsányi, chamada de Maene, ele forma os vocativos das missivas unindo as sílabas iniciais dos nomes do casal, a que incorpora, sucessivamente, com carinho e graça, as primeiras sílabas dos nomes das crianças – Lúcia, Thiago e Marcos –, conforme cresce a família: “Caríssimos Tamaelus”, “Caros Tamaeluthis”, “Meus caros Thamaeluthmars”. Aos poucos, os leitores contemporâneos percebem que a brincadeira com o nome estrangeiro do destinatário contém as boas-vindas a seus bebês, forma espirituosa de partilhar da alegria do amigo. E em seguida vêm as notícias do multiplicar-se da própria família, constituindo-se com carinho um “capítulo crianças” na correspondência.

    Outras palavras que traduzem a hospitalidade de Herzog, acolhedor sempre, até num país estrangeiro, são “tutu” e “bico”: ele utiliza frequentemente a gíria para dinheiro ao se referir a seu aperto financeiro, que, entretanto, convive com seu interesse por livros e atividades culturais, e com sua disponibilidade para ajudar os amigos a realizarem, como ele, pequenos trabalhos, “bicos”, em Londres. A economia de “tutu”, combinada com o desejo de se comunicar, originou uma particularidade das cartas de Vlado: sendo a maioria delas datilografadas e apenas assinadas à mão, muitas se estendem inclusive pela margem lateral, até ter lugar o post-scriptum.

    Para além da preocupação com os meios de sustento, é inevitável evocar-se, como um trauma de tempos sombrios, a angústia de Vlado quanto à situação política vivida então no Brasil – angústia que não cessa de perturbar o leitor das cartas. Mais de uma vez ele cogita permanecer exilado, e os mesmos motivos de hesitação quanto à volta ao Brasil o impelem a retornar: a consciência de que o país caminhava para a “latrina” e a busca de um emprego conforme a sua formação na TV educativa, “a necessidade de ver-se integrado, bem ou mal, nalgum processo ou atividades criativas”. As escusas por recorrer à palavra “latrina” sinalizam sua ética, o contraponto daquele abismo político-cultural indesculpável:

    Como devem saber pelo noticiário, nosso país deu mais um passo decisivo em direção à latrina (perdoem a grosseria, mas é a melhor palavra que me ocorre no momento). Por essas e outras já estou começando a preparar o espírito para ficar no “exílio” talvez algumas décadas… As últimas cartas que tenho recebido da Clarice (anteriores ao novo Ato Institucional) já denotavam o estado de tensão que reinava no ambiente. (Carta de Vladimir Herzog a Tamás Szmrecsányi. Londres, 31 de outubro de 1965)

    Assim, as cartas deixam ver, a um tempo, os contextos históricos, as apreensões pessoais e coletivas vividas por Vlado, além de marcas linguísticas e éticas de seu estilo. São também fontes de informações que possibilitam reconstituir passos de sua trajetória intelectual e profissional: por exemplo, a notícia da tradução do livro Film: The Creative Process, de John Howard Lawson, a qual Vlado iniciou, e depois ficou a cargo de Anna Maria Capovilla (O processo de criação no cinema, publicado pela Civilização Brasileira em 1967); os festivais de cinema a que ele assistiu; os projetos de filmes, como um sonhado semidocumentário sobre Karl Marx em Londres; a autocrítica em relação a seu curta-metragem Marimbás; os eventos da temporada em Londres, o curso realizado na BBC; os primeiros contatos com a TV Cultura. 

    Graças às cartas, conhecendo-se não só os nomes dos interlocutores, dos contatos mencionados, de filmes, peças, livros e textos que lhe despertaram o interesse, como também seu estilo e as questões sociais e culturais priorizadas por sua perspectiva, é possível delinear a rede de sociabilidade de Vlado e identificar matérias publicadas na revista Visão de sua autoria. Nesse sentido, destacam-se os contatos feitos em Londres que tiveram impacto nas suas concepções de cinema e teatro, provocando-lhe entusiasmo tal que transborda para as cartas e artigos de Visão: a atriz Helene Weigel, viúva de Brecht e cofundadora do Berliner Ensemble, que o levou a conhecer de fato a obra do dramaturgo, segundo ele conta em carta à amiga Lélia Abramo, localizada no acervo da atriz no Arquivo do IEB-USP; e o cineasta Peter Watkins, diretor de The War Game, documentário-ficção sobre um hipotético ataque atômico contra a Inglaterra, que Vlado considerava o filme mais importante do tempo, obra-prima “que deixa a gente com um nó na garganta”.

    The War Game é assunto recorrentemente tratado com seu segundo mais frequente interlocutor, a quem endereçou ao menos catorze cartas: o cineasta Alex Viany (cf. seu acervo na Cinemateca do MAM-RJ e on-line, https://www.alexviany.com.br/). Junto com a inventividade de nomes e a espontaneidade no uso de gírias, liberdade afinada com a correção de linguagem, outra particularidade das cartas de Vlado é a incorporação, em meio às frases, de trechos em inglês, mostra bem-humorada de seu interesse por se adaptar à cultura do país que então o acolhia e de sua receptividade à permeabilidade entre culturas. “That’s the way things go here in England”: assim ele conclui em carta a Viany, Apropriando-se da língua inglesa para explicar ao amigo, com certa graça, a razão por ter demorado a conseguir contato com pessoas ligadas ao cinema em Londres. Lá todos trabalham e não recebem de imediato os outros. Ainda assim tivera sucesso em localizar o cineasta Karel Reisz e falar ao telefone com ele e com o editor do livro dele; e, embora este tivesse ficado de escrever a Viany, convinha que o próprio também o fizesse. Sobressai, pois, o empenho de Vlado em colaborar com o amigo, estabelecendo contatos voltados à difusão da arte.

    Já expressões em francês aparecem sobretudo nos diálogos epistolares com o cineasta e professor Jean-Claude Bernardet, jocosamente chamado por Vlado de “Ilustre João Claudio” em uma das seis cartas que lhe dirigiu. Três delas enviou em maio de 1963, do Rio de Janeiro, onde em fevereiro concluía o Curso de Arne Sucksdorff, ficando pronta a fita Marimbás somente em junho. Outra carta a Bernardet foi remetida em julho do mesmo ano, de Santa Fé, Argentina: Vlado e Maurice Capovilla tratam de um projeto de filme sobre Brasília; e de outro, planejado juntamente com Lucila Ribeiro Bernardet, sobre o método Paulo Freire de alfabetização. Sendo uma dirigida também a Lucila, as outras duas cartas a Jean-Claude foram mandadas de Londres. Igualmente da capital da Inglaterra, Vlado escreveu a Amazonas Alves Lima e Sérgio Muniz, a Geraldo Sarno e a Paulo Emílio Salles Gomes. Anterior à ida a Londres, consta do acervo da Fundação FHC uma carta de Vlado a Ruth Cardoso e Fernando Henrique Cardoso.

    O jornalista Perseu Abramo, com quem Vlado trabalhara no Estadão, em 1959 e no início dos anos 1960, é o destinatário de seis cartas/bilhetes de 1973 e 1974, a respeito de pautas da revista Visão. Conservados no Arquivo Edgard Leuenroth, AEL-Unicamp, tais documentos, ora digitalizados, permitem conhecer a lauda da revista e diálogos acerca da preparação de matérias.

    Além da referida carta do pai, a correspondência passiva inclui: três contatos dos anos 1960, dois ligados a festivais de cinema, em Mar del Plata e em Florença – Ariel [Carró] e Edoardo Speranza –, e um com um secretário da Cinemateca Brasileira, Sergio Lima, que agradece a Vlado a doação de uma cópia de Marimbás e a colaboração sobretudo quanto ao cinema brasileiro; e dois contatos dos anos 1970, referentes ao trabalho de jornalista na revista Visão – Fábio Mendes e Paulo Cannabrava Filho.

    Por fim, da correspondência de terceiros, demanda leitura a carta de Zora Herzog, a mãe de Vlado: ao expressar, em dezembro de 1978, sua gratidão ao juiz Marcio José de Morais, sobressaem sua dor, “que não tem consolo”, pelo desaparecimento do filho, sua consciência de que ela não foi em vão “para a história do país”, e sua sensibilidade e ética quanto ao alcance da sentença, que abriria perspectivas a “outros injustiçados”. Referente ao Caso Herzog, a carta oferece um significativo olhar a respeito da personalidade de Vlado: observando que fizeram dele um símbolo, Zora ressalta que ele “detestava a notoriedade”, tinha a modéstia como uma de suas virtudes. Perceptível nas cartas, a hospitalidade afetiva e intelectual, associada à modéstia, compõe o perfil de Vlado, jornalista dedicado a escrever e a editar matérias não assinadas, conforme a prática da época e o seu ideal de priorizar a comunicação e não a vaidade. Seu propósito era contribuir com o público, proporcionando-lhe meios de melhor compreender a realidade, como artigos com informações acompanhadas de olhar crítico, e com o potencial de formar o gosto pela leitura e pelas artes.

    Em suma, a correspondência possibilita conhecer mais profundamente: a trajetória de Vlado em termos individuais e históricos, destacando-se seu gosto por cinema e teatro, sua disponibilidade para com os amigos e sua inquietação quanto à realidade social e cultural brasileira; sua rede de sociabilidade, que inclui grandes intelectuais das áreas de educação, cinema, teatro, crítica, sociologia; marcas estilísticas de seus textos, que transparecem criatividade, afetividade, atenção ao outro e permeabilidade linguística à incorporação do vocabulário coloquial e do estrangeiro.

    Como ocorre em não poucos trabalhos desta natureza, o propósito de reunir a correspondência de Vlado Herzog envolve lacunas: a maioria das cartas recebidas por ele se perderam – muitas do período de residência em Londres –, provavelmente em razão das dificuldades de conservar e transportar documentos em viagens entre países; e sobretudo o assassinato aos 38 anos, nos porões da ditadura, que o impediu de constituir, mesmo minimamente, o próprio acervo, bem como as angústias do tempo levaram à destruição, à perda de documentos. 

    No horizonte deste Projeto está, todavia, a possibilidade de ampliar-se o conjunto de cartas de Vlado, e, para isso, tem a esperança de incentivar a contribuição de acervos de outros intelectuais e amigos que se corresponderam com ele.

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